tag:blogger.com,1999:blog-2904607756560632507.post4198335275975628084..comments2023-04-16T11:43:31.607+01:00Comments on Mamas à Lupa: Ver a Vida de Outro ModoGuida Palhotahttp://www.blogger.com/profile/17648238432949076934noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-2904607756560632507.post-55327732351005454542010-03-29T14:20:23.034+01:002010-03-29T14:20:23.034+01:00Tens razão, Vítor.
O problema é essencialmente o ...Tens razão, Vítor. <br />O problema é essencialmente o de eu ter parado, enquanto todos os outros continuaram a sua marcha. Fui eu que morri e não eles. E serei eu a ter de ressuscitar!<br />Detesto solidões, sabes!?<br />Imagino-me feliz numa profissão em que o trabalho seja efectivamente de grupo, onde cada indivíduo tenha funções distintas e vitais para o sucesso do resultado final de cada obra...<br />E imagino as discussões à volta de cada um dos projectos, em frutuosas reuniões, em que o próprio cansaço do trabalho funcione como motor de relaxamento.<br />Imagino-me a chegar a casa e a não ter nada para fazer para o dia seguinte, porque todo o dia foi de trabalho a sério, deliciosamente empenhada.<br />Imagino-me onde sei que nunca estarei, porque são poucos os privilegiados que conseguem o estatuto invejável da fruição da vida de uma forma francamente produtiva sem caminharem para o esgotamento.<br />Imagino-me a trabalhar. Porque estou farta de estar parada. Mas não é ao que já tive (e que hoje até está bem pior) que eu queria entregar-me!!!<br />É verdade que todos somos seres solitários, mas há uns mais solitários do que outros...Guida Palhotahttps://www.blogger.com/profile/17648238432949076934noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2904607756560632507.post-6013951142409349222010-03-28T02:05:27.105+01:002010-03-28T02:05:27.105+01:00É claro que a doença te fez ver a vida de outro mo...É claro que a doença te fez ver a vida de outro modo, mas, se não fosse ela, a própria vida te faria vê-la de outro modo. Só chegaste a esse grau de sapiência porque tinhas de lá chegar, de uma forma ou de outra, mais cedo ou mais tarde.<br />Nascemos sozinhos, vivemos sozinhos e morremos sozinhos, por mais que sejam os seres que coabitem na vizinhança do corpo. Essa é a nossa essência: vivemos gregariamente sozinhos. Só nos apercebemos verdadeiramente disso se, por qualquer razão - entre elas, a doença física ou psíquica -, pararmos enquanto os outros continuam a marcha.<br />Os outros não morreram, apenas vivem as suas próprias solidões.Vítorhttps://www.blogger.com/profile/13904762900457003900noreply@blogger.com