"Já sabes que a Martina Navratilova tem o mesmo que tu?"
Hã? Fui ver!
À antiga tenista, hoje com 53 anos, foi diagnosticado, em Fevereiro passado, um 'carcinoma ductal in situ', o qual originou uma tumorectomia, ou seja, uma cirurgia em que lhe foi retirado O TUMOR, ficando o resto da mama natural intacta e sem material alheio ao tecido mamário. Não necessitou de quimioterapia e vai, em breve, sujeitar-se a 6 semanas de radioterapia.
Continua a praticar desporto, pois, restabelecida da intervenção, está numa fase normal, em termos físicos.
Se a Martina tem 'O MESMO' que eu... leiam por aqui, se quiserem!
1 comentário:
Já li, no dia em que a notícia saiu, aliás, e até estive para escrever um post sobre isso, mas deixei passar. É que ela diz que - e calculo que muita gente tenha esse sentimento - "“Sentia que tinha controlo sobre o meu corpo. Faço desporto, como comida saudável e isto aconteceu-me. Sentimos que tudo escapa das nossas mãos”".
O que ela disse, parece-me, é meio caminho andado para a revolta interior, para deixar crescer um sentimento de injustiça cósmica ao estilo daquela música do Rui Veloso "não há estrelas no céu". Ela achava que tinha controlo sobre o corpo, mas isso é uma falsidade. Ninguém sabe dizer ao certo o papel dos genes na probabilidade de desenvolver ou não um doença num caso concreto, da memsa forma que ninguém sabe quantificar os efeitos nocivos de viver num bairro onde passam muitos autocarros/sobrevoado por muito aviões/sujeito a radiações eléctricas/etc, ninguém sabe exactamente o que está a comer, qual a proveniência exacta dos componentes dos alimentos processados, e os tratamento que os não processados receberam, se o alimento X foi cultivado numa terra que tinha Y composto que não é benéfico para a saúde a longo prazo. E depois há toda a ciência que ainda não descobrimos e que quando descobrirmos X, já existe Y para descobrir, porque entretanto o ciclo deu mais uma volta e existem doenças do século XXII para aprender a debelar. Alguém sabe se os soutiens não fazem mal às mamas ? Que não as deixam ter o seu movimento natural; são mamas em cativeiro.
Alguém pode fazer um compêndio disto tudo, resumindo tudo numa fórmula matemática e dizer "sim, a culpa é tua" ou "não a culpa não é tua, mas tu não nasceste um espécime Alpha, portanto estás a ter o destino para o qual foste desenhada, e como diria o Vasco Graça Moura, "chafurda" nisso" ???
Não, pois não? Bem me parecia.
Agora se me perguntarem se uma pessoa que "mama" literalmente uns quatos maços de tabaco por dia ou por semana tiver um cancro no pulmão, bom, a questão é diferente, aí, hoje em dia, há um comportamento manifestamente consciente dos perigos que se correm. Devemos ignorar a pessoa por causa disso ? Não, mas infelizmente essa pessoa serve de exemplo para os outros.
Serve isto para dizer que em muitos casos é caso para relativizar um pouco a coisa, porque a pessoa sentir-se mal consigo mesma, já basta a doença que teve. Noutros casos, como o do fumador, bom, há que aceitar as consequências, seria estúpido chorar depois de feita a asneira. É aproveitar a vida, desfrutá-la oa máximo enquanto se pode. A vida não é propriamente para ver se saber quem vive mais anos, penso eu, mas mais para se aproveitar, é isso que conta (já nem digo "é isso que levamos" porque não faço ideia se alguém leva alguma coisa daqui para outro sítio" lolol).
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