quarta-feira, 24 de março de 2010
Lei das Compensações
Quando taaaaaaanta coisa resolve, em cadeia, manifestar-se contra os nossos desejos, há que descobrir aquilo que de algum modo possa compensar-nos.
Pela parte que me toca, a escolha foi (sem ferir, abusar ou prejudicar ninguém): fazer só aquilo que me apetece ou o mais perto possível dessa realidade...
É que... acreditando que a vida é só uma (não sei de ninguém que tenha comprovado o contrário!), convenci-me de que há sacrifícios perfeitamente inúteis, especialmente se não vierem beneficiar ninguém!
Se me vierem com a história de que deveria fazer A e não B (quando o que me apetece é mesmo fazer B), só para que os outros não pensem não sei o quê de mim... o melhor é rir-me (se não para fora, pelo menos para dentro!) e fazer B, quiça até a dobrar!!!
Interessa-me estar bem com a minha consciência, de acordo com os princípios em que acredito, não prejudicar ninguém, ajudar sempre que possa... Mas quero lá saber do que os outros pensam a meu respeito só por eu levar a vida à minha maneira, sem "papar grupos"!!!
Aprendi isto à custa da doença que me atingiu no inacreditável ano de 2008.
Uma pessoa que ascende (ascende?!) à categoria de doente oncológico, passa pelas fases todas e mais algumas (mais algumas mesmo), no que respeita a exames, operações, tratamentos e estadas prolongadas fora e longe de casa, não havia de ter direito a alguma compensação?! Era o que faltava! Era só sofrimento, não?!
Para quem me leia, é bom que fique claro que não abunda em mim um espírito de santidade e que acho que se alguém (Quem?!) resolveu lançar-nos às feras da vida TERRENA então não deve estar à espera que não aproveitemos o que de bom existe na vida TERRENA!!! Se fosse o caso, mandassem-nos logo para os anjinhos e ficava tudo resolvido - como alguém (Quem?!) resolveu fazer com o meu irmão, sem sequer me dar tempo de o conhecer! Agora sinto-me um pouco mais próximo dele...
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3 comentários:
Bingo Guida. Assim mesmo é que é. VIVA a Liberdade. Estou contigo e não desarmo. De há uns anos para cá, que as minhas vontades passaram a ser o meu melhor modo de estar, mesmo que me apeteça estar só, chorar, rir, ou outra coisa qualquer... a organização social teima em nos impôr eu agora divirto-me a destabilizar essa organização...assim, digo-te sempre que posso e quem me dera poder mais (garanto-te que era a profissão que mais gostaria de ter), faço o que me apetece, sem prejudicar ninguém. Fazer sempre o que tenho vontade, o que tenho vontade de fazer, é óptimo. Não há nada melhor e que nos dê maior prazer, mesmo que isso possa ser um absurdo para os demais. bjs
Pois é, Alfa, há muitos preconceitos sociais (até eu ainda vivo com alguns), mas cheguei a um ponto em que me confrontei com o ridículo de muitos deles, pensando na diferença de culturas existentes à face deste nosso planeta.
Sendo em grande parte determinados pela sociedade que nos acolheu e na qual aprendemos a ser gente, pode, se quisermos, chegar o dia em que pomos em causa muito desse condicionamento (e se tivéssemos nascido noutro local?).
Aliás, até me dá bastante prazer afirmar-me pela diferença, pois, se há coisa de que não gosto nesta vida é de encarneirar.
É por isso, por exemplo, que digo o que me vai na alma, que é algo mal visto por muita gente...
Guida, os preconceitos sociais não servem para nada senão para nos dificultar a vida e aos que são objecto de tal. É muito mais rica a vida com a existência da diversidade em todos os âmbitos. Não tenho qualquer tipo de preconceitos,... ou antes tenho, não admito faltas de respeito para com os mais velhos, aí reajo imediatamente. A beleza que cada um de nós tem (cada individuo), também advém da nossa pluralidade...Eu gosto de me sentir diferente...O conjunto de características que nos compõem são só nossas, não existem 2 seres iguais e isso do ponto de vista da natureza é maravilhoso, para mim são verdadeiros desafios, por isso gosto de conhecer...de interagir, aqui, ali, acolá...
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