Seis sessões (ou ciclos) multiplicadas por três semanas de intervalo entre elas, contando com as que se seguiram à última, perfazem um período de tratamento por quimioterapia de quatro meses e meio.
No meu caso, tínhamos (o meu marido e eu) sido informados de que o número de ciclos a enfrentar por mim seria o quatro. Mas no dia da consulta de radioterapia (coincidente com o do quarto ciclo), fomos confrontados com o facto de algo estar errado no meu processo, pois, uma vez que ainda me faltava cumprir dois ciclos de quimio, não era altura de eu já estar na consulta de radioterapia.
Como foi possível um engano destes, com consulta marcada pelo pessoal do hospital e tudo, é algo que eu nunca cheguei a saber, mas sei que se anulou a consulta de rádio, a qual incluía uma TAC, e sei que nesse dia se cumpriu o quarto ciclo, comigo em esforço desumano para não chorar... muito. Não consegui decidir se fui acometida por uma brusca sensação de desânimo, por afinal eu não ter ido para a última sessão (como estava convencida de que seria), se senti uma forte indignação, por ter acontecido um erro tão cruel para uma doente oncológica, se foi mesmo raiva, por me sentir subestimada (não sei por quem!), estando eu a portar-me tão bem, desde o início de todo o processo, a aceitar a doença como algo que me aconteceu a mim como a tantas outras, atenta, sempre atenta e cumpridora...
É que os intervalos da quimio não são propriamente dias de férias passados com boa disposição e requerem alguns cuidados específicos, para que o resultado das análises seguintes não impossibilite o tratamento subsequente.
As três semanas de intervalo têm características diferentes, como relatarei no próximo post.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
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