No próprio 2 de Janeiro de 2008, ficou decidido que eu estaria no Instituto Português de Oncologia de Lisboa na segunda-feira, dia 7, para ser vista por um cirurgião. Assim deixava para trás Viseu, por pressão familiar para que me entregasse à influência de uma prima que trabalha no Francisco Gentil. Liguei ao Dr. CV, que já me tinha arranjado vaga para cirurgia para o dia 9, e expliquei-lhe a razão que me fazia partir, com o cuidado de enfatizar a confiança que nele deposito.
Viajei no Intercidades com a minha mãe e foi com ela que entrei pela primeira vez no IPO, para a consulta inicial, que (apenas) trouxe de novo a necessidade de confirmar a inevitabilidade da mastectomia, o que aconteceria após o resultado de uma ressonância magnética.
Como me considerei entregue a um dos melhores pares de mãos cirúrgicas do país e porque a minha atitude de então era a de "faça-se o que for necessário para eu ficar boa", esta primeira consulta foi curta e grossa, sem que eu tenha conseguido discernimento para quaisquer perguntas. Dali saí para o balcão de marcação da ressonância, em gesto mecânico, sem pensamentos, sem sensações, sem sentimentos...
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
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